Terceirização do esgoto de Piracicaba gera polêmica

Com o plenário da Câmara de Vereadores lotado, a discussão sobre a PPP (Parceria Público Privada) para a a gestão do sistema de esgoto de Piracicaba gerou polêmica entre legisladores, ambientalistas e representantes do Executivo durante a audiência pública realizada ontem. Convocado pelo vereador José Luiz Ribeiro (PSDB), o evento teve como objetivo discutir a proposta do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) de terceirizar a coleta e o tratamento de esgoto no município pelos próximos 30 anos.

Na audiência pública, Plinio Junqueira de Carvalho, consultor da Projec (empresa responsável pelo estudo da viabilidade da PPP) apresentou um resumo do edital da proposta. Segundo o documento, a empresa que vencer a licitação terá de investir R$ 347 milhões para a construção de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de grande porte, realizar a reposição e manutenção da rede de esgoto e trocar os hidrômetros (equipamento que mede o consumo de água) periodicamente. Para isso, a companhia receberá cerca de R$ 1,2 bilhão até 2041.



A escolha pelo modelo de PPP e valor do contrato foram os principais pontos de discussão na tarde de ontem, 17. O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) questionou o fato de ter sido aprovado três aumentos nas contas de água do município com objetivo de investir no esgoto, que não foram utilizados para esta finalidade.

De acordo com os cálculos do vereador, somente com os recursos arrecadados por meio desses aumentos, o Semae somou R$ 360 milhões para investir no tratamento de esgoto, considerando as correções monetárias do período.


Fonte: Jornal de Piracicaba





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