Os procedimentos médicos realizados via Sistema Único de Saúde na cidade de Piracicaba (SUS) representam um déficit de aproximadamente R$ 2 milhões à Santa Casa de Piracicaba, segundo dados divulgados pela instituição.
O hospital, que vai suspender cirurgias eletivas (não urgentes) no dia 8 de abril em protesto contra a tabela de preços repassados pela União, afirma ter um custo estimado em R$ 4,5 milhões para realizar perto de 13 mil atendimentos do SUS por mês.
Ainda de acordo com a Santa Casa, o valor repassado como remuneração para esses procedimentos é de aproximadamente R$ 2,5 milhões, ou seja, cerca de 55% do custo total dos realizados.
Para cobrir o “rombo”, a instituição afirma buscar medidas alternativas para geração de receita. “Por enquanto, a solução tem sido encontrada nos atendimentos particulares e conveniados efetuados, sobretudo, por meio de plano de saúde próprio”, diz nota da assessoria da Santa Casa.
Como impacto do protesto que será realizado no dia 8 de abril, devem ser suspensas de seis a 10 cirurgias eletivas, já que a maior parte do movimento de pacientes do SUS no hospital é de casos de urgência e emergência, informou a entidade.
Resposta do Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou ter repassado em 2011 e 2012 cerca de R$ 440 milhões às Santas Casas para custeio de procedimentos ambulatoriais e hospitalares, entre eles exames, consultas e cirurgias. De acordo com o ministério, os recursos são repassados antecipadamente aos gestores das Santas Casas para que possam distribuir de acordo com as suas necessidades.
“O pagamento dos procedimentos é realizado de acordo com o valor previsto pela legislação. Não tem como o Ministério da Saúde pagar a menos por um procedimento. Cada procedimento tem um valor específico e o pagamento não deve ser inferior ao que está previsto. O gestor faz a programação de pagamento de acordo com a produção da entidade”, afirma a nota do ministério.
Fonte: G1