As 26 cidades, incluindo guia Piracicaba, que compõem o Departamento Regional de Saúde (DRS-10) registraram, de janeiro a agosto deste ano, 6.027 casos positivos de dengue, contra 2.717 no mesmo período de 2010, um aumento de 121,8%, apesar da redução de 56,8% dos casos de dengue no Estado. Na região, Limeira teve 2.352 casos de dengue, Rio Claro 1.772 e Mogi Mirim 1.389, que contribuíram para o aumento. Piracicaba teve, no mesmo período, 660 casos positivos da doença, contra 615 de 2010.
Para que os municípios com risco alto de dengue no próximo período possam evitar o avanço da doença no Estado no próximo Verão, a Secretaria Estadual da Saúde apresentou ontem, 3, o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue para o período 2011-2012. As medidas incluem novas estratégias em relação a ações executadas em anos anteriores.
Mapeamento realizado pela pasta, por intermédio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e da Superintendência de Controle de Endemias apontou 283 cidades – 43% dos municípios paulistas –, incluindo Piracicaba, como de risco alto ou muito alto para a ocorrência de dengue no próximo verão. A classificação levou em conta fatores como histórico de transmissão da doença e índices de infestação de larvas do Aedes aegypti, por exemplo. O plano visa a reorganizar a assistência médica aos pacientes com suspeita de dengue, para evitar o agravamento dos casos ou óbitos, além de medidas para aprimorar o controle de vetores.
Um dos principais pontos do plano prevê o trabalho de equipes estaduais de Treinamento Express em 67 municípios considerados prioritários. A ideia é capacitar e atualizar os profissionais de saúde em seus próprios locais de trabalho, focando em temas como manejo clínico, avaliação de risco e organização de serviços.
O treinamento acontecerá nos próprios serviços de saúde, de forma compacta, com duração média de 15 minutos. Essa estratégia foi adotada para garantir uma ampla cobertura entre os profissionais que lidam com casos suspeitos de dengue. Antes, em capacitações realizadas em auditórios, fora das unidades de saúde, alguns serviços não mandavam seus médicos para serem treinados.
Os gestores municipais também receberão treinamento e uma cartilha com as informações referentes a combate ao Aedes aegypti e tratamento dos infectados.
O plano prevê também a montagem de “hospitais de campanha”, que oferecerão um tratamento especializado, auxiliando os municípios com maior incidência de casos, desafogando os hospitais e unidades de saúde.
A secretaria também irá destacar cerca de 700 profissionais da Sucen para acompanhar as visitas casa a casa realizadas por agentes municipais visando o controle e eliminação de criadouros. Antes, a Sucen realizava a capacitação desses profissionais e apoiava ações de nebulização, mas não realizava visitas domiciliares, função que ficava exclusivamente a cargo das prefeituras.
Fonte: Tribuna Sp