Para o comandante do 16º Grupamento de Bombeiros de guia de Piracicaba, Rubens Delsin, “a ocorrência mais importante é aquela que não ocorreu”, e, por isso, antes de formar heróis, é preciso conscientizar os cidadãos sobre a prevenção de acidentes. Este foi o mote do projeto Bombeiros na Escola, que foi desenvolvido com os alunos das oitavas séries da Escola Estadual Professor José Romão, na Vila Rezende.
Foram dez dias de curso e, ontem de manhã, foi realizada formatura simbólica com 160 alunos. Entre aulas teóricas e práticas – e com material didático distribuído gratuitamente pelo Grupamento –, eles aprenderam noções básicas de primeiros socorros, prevenção a incêndio, como preservar o meio ambiente e, principalmente, como acionar os órgãos de emergência. As aulas foram ministradas pelo comandante Rubens, o idealizador do projeto, em companhia de outros membros da corporação.
“O Bombeiros na Escola começou na região de Ribeirão Preto e acontece desde 1984”, disse o comandante, que assumiu o 16º Grupamento em julho do ano passado. A José Romão é a escola-piloto em Piracicaba e, de acordo com Rubens, o programa deve acontecer em outras instituições de ensino público na cidade. “Depende da avaliação da diretoria de ensino”, avisa.
Para a diretora da escola, Rosemeire Faria Vicentim, o projeto é funcional. “São orientações para lidar com situações de emergência que muitos dos alunos nunca tinham visto na prática”. A aluna Beatriz Cavicchioli Piva falou do que aprendeu. “Caso algum de nós passe mal ou esteja em situação de risco, agora sabemos o número de emergência”. Num dos exercícios práticos, Beatriz conta que fizeram um trabalho sobre convulsão, desenvolvido em uma peça teatral.
A vivência no ambiente escolar também foi contextualizada ao longo do projeto. Os bombeiros ensinaram, por exemplo, como manusear os extintores de incêndio e explicaram sobre o posicionamento estratégico deste material. “O nosso objetivo não é apenas torná-los socorristas, mas conscientizar quanto à importância da prevenção, o que eles poderão levar consigo para o resto da vida”, afirma o comandante.
Fonte: A Tribuna