A versão revista do Plano Diretor de Piracicaba (SP), que está em fase de elaboração e deve ficar pronta até o segundo semestre de 2014, prevê a criação de microcentralidades do poder público em regiões que demandam ações específicas da Prefeitura para o desenvolvimento.
Essas microcentralidades são divididas entre satélites e zeladorias. A medida será uma forma de poder local para mediar interesses entre a população e o poder público.
O Instituto de Projetos e Planejamento de Piracicaba (Ipplap), responsável por elaborar o Plano Diretor, promoveu fóruns abertos à população em agosto e está realizando visitas a autoridades e entidades públicas da cidade para apresentar o que vem sendo feito e colher sugestões e demandas.
As discussões populares devem acontecer até o mês de novembro, quando a primeira versão começa a ser escrita. No primeiro semestre de 2014 com o material já pronto, ainda haverá audiências públicas antes que o novo Plano Diretor seja submetido à avaliação da Câmara.
Satélites e zeladorias
O presidente do Ipplap, Lauro Pinotti, informou que os satélites serão nas regiões de Volta Grande (zona rural), Tupi e Ártemis. Os locais terão “administrações” locais ligadas diretamente à Prefeitura que vão tratar da transição de zona rural para urbana no caso da primeira, e do desenvolvimento sustentável em relação às duas últimas. “Os satélites poderão estimular o desenvolvimento dessas áreas de forma sustentável. Pretendemos criar praças de cidadania nesses locais”, disse Pinotti.
Já as zeladorias são voltadas para a preservação do patrimônio histórico e cultural nas regiões de Santana/Santa Olímpia; Monte Alegre e Rua do Porto. A proposta das zeladorias é preservar as características físicas e culturais destas regiões e integrar a população local a ações e atividades que possam atrair o turismo, como a produção e venda de comidas típicas, além de auxiliar na promoção de eventos voltados para a cultura local.
Como ainda não foi concluído, é possível que o projeto passe por modificações ou acréscimos na proposta; que vem sendo discutida com entidades e lideranças. Pinotti frisa que é necessário que a população se aproprie do Plano Diretor. “Muitas coisas vão ser desenvolvidas a longo prazo. Então tem coisa para o futuro? Tem, mas é agora que temos que pensar nisso”, disse.