A cidade de Piracicaba recebe neste fim de semana – 22 a 25 de março – 71 carros off-road construídos por cerca de 1,5 mil universitários do Brasil para a 18ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS. Realizada no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), a competição reunirá ao todo 71 equipes oriundas de 57 instituições de ensino de 15 Estados mais o Distrito Federal.
Para disputar a Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, as equipes trabalharam meses dentro das instituições para, assim, enfrentarem o barro em Piracicaba. Na competição, as equipes e os veículos serão avaliados por especialistas da indústria da mobilidade.
Durante a competição, os protótipos e os estudantes passarão por provas de avaliações de projeto, por meio de relatórios e apresentação, testes de tração, aceleração, velocidade máxima e o esperado enduro de resistência, que tem quatro horas de duração e é feito em pista de terra com muitos obstáculos.
No final, as equipes das três instituições representadas que alcançarem as melhores pontuações, na soma geral das provas estáticas e dinâmicas, ganham o direito de representar o Brasil na Baja SAE Wisconsin, de 7 a 10 de junho deste ano, nos EUA. A competição norte-americana costuma reunir mais de 90 equipes de diferentes países. O Brasil acumula quatro vitórias.
Carros – Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas, motor padrão de 10 HP e capacidade para abrigar um piloto de até 1,90m de altura e até 113,4 kg de peso. Todo o sistema de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto e a viagem da equipe ao local da competição.
O Projeto Baja é o primeiro e um dos programas de maior sucesso organizados pela SAE BRASIL na capacitação dos futuros engenheiros, no qual estudantes são envolvidos em caso real de desenvolvimento de um veículo em todas as ações correlatas. Além de praticarem os conceitos teóricos adquiridos em sala de aula, todas as equipes são submetidas a experiências da vida real, como trabalho em equipe, atendimento de prazos, busca de suporte financeiro para o projeto e diversas atividades, muitas delas em áreas não exploradas nos cursos regulares, mas que incentivam a criatividade e o surgimento de lideranças. Atualmente, muitas empresas priorizam a contratação de ex-participantes do Projeto por causa da preparação.
Participantes – Dentre as 71 equipes, 22 equipes são paulistas. O Rio de Janeiro e Minas Gerais têm sete equipes cada, enquanto o Rio Grande do Sul aparece com seis equipes. Santa Catarina e Paraná possuem cinco representantes cada, Pernambuco quatro e a Paraíba três. O Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal têm duas equipes cada. Já o Piauí, Sergipe e Mato Grosso têm uma equipe inscrita cada. Veja lista detalhada.
O engenheiro Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL, comenta que as competições estudantis promovidas pela entidade desafiam os estudantes no que toca às habilidades mais desejadas pelo mercado nos profissionais da engenharia. “Os jovens aprendem a trabalhar em equipe, concebem, constroem e testam o projeto, tudo dentro das rígidas regras da competição”, conta Galeote.
Fonte: Portal Bagarai