Os dados de maio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostram que foram gerados 271 empregos na cidade de Limeira, um saldo menor do que do mês anterior e que fica atrás de municípios como Encontra Piracicaba, Araras, Rio Claro e Santa Bárbara d’Oeste.
O saldo de empregos (diferença entre admissões e desligamentos) de Limeira, divulgado ontem, apesar da queda, foi o terceiro melhor do ano, ficando atrás de fevereiro (449) e abril (342). Em maio, foram 3.687 admissões contra 3.416 demissões. Em relação ao mesmo período do ano passado, o saldo de empregos deste ano também ficou em desvantagem. Em maio de 2010, foram 3.198 admissões contra 2.748 desligamentos – um saldo de 450 empregos.
A indústria teve desempenho inferior se comparado a 2010. Em maio do ano passado, o saldo foi de 243 empregos contra 119 do mesmo período deste ano. Para o diretor titular do Ciesp/Limeira (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Wagner Furlan, os números apontam uma estabilidade, e não o crescimento da indústria limeirense. “Estamos sofrendo um problema sério, que é a entrada dos produtos da China e Índia. As indústrias antigas não estão gerando empregos na cidade. Os novos postos de trabalho podem ser criados por empresas que estão chegando à cidade”, declarou.
Em abril, por exemplo, o saldo da indústria foi de apenas 27 empregos. Neste ano, o melhor desempenho ocorreu em fevereiro, com 219 novos postos de trabalho na indústria. “A indústria de manufaturados está enfrentando um mercado muito competitivo, além do câmbio e a entrada de produtos importados no país”, falou.
SERVIÇOS
O saldo de empregos com carteira assinada em Limeira também foi impulsionado pelo setor do comércio. Foram 960 admissões contra 878 demissões – um saldo de 82 empregos. “O poder de compra do limeirense cresceu, o que reflete nas vendas e, é claro, nas contratações. Outro fator foi o Dia das Mães, que teve a contratação dos temporários, que foram efetivados”, falou o presidente do Sicomércio (Sindicato Patronal do Comércio e Serviços de Limeira), Rogério Delmondi.
A construção civil aparece em terceiro lugar, com 63 postos de trabalho. Já o setor de serviços teve o seu pior desempenho no ano. Foram 925 admissões contra 970 desligamentos – um saldo negativo de menos 45 empregos. “É um mercado em plena expansão, mas que também enfrenta problemas – como a entrada das tecnologias que tomam o lugar dos trabalhadores. O setor de serviços chega a empregar 13 mil pessoas em Limeira”, declarou Delmondi.
Fonte: Jornal de Limeira