O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba (SP) abriga 333 criminosos sentenciados, ou seja, que deveriam cumprir pena em um presídio. O número representa 21% do total de 1.562 homens da unidade, que tem capacidade para abrigar 512 pessoas. Porém, a construção de uma penitenciária na cidade, que ajudaria a reduzir a superlotação do CDP, está atrasada.
A obra do governo estadual era para ser entregue em março, mas agora a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) prevê finalizar o projeto somente em junho. Segundo a pasta, o atraso nas obras se deu por causa das chuvas e do “difícil acesso ao terreno”, localizado às margens da Rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), que liga Piracicaba a cidade de Limeira (SP), a poucos quilômetros de distância do CDP.
A penitenciária, quando começar a funcionar, terá capacidade para 768 detentos já sentenciados. Na avaliação de Marcelo Borrasca, secretário geral da Ordem dos Advogados na cidade de Piracicaba, o início das operações da nova unidade, além de desafogar o CDP, melhoraria as condições de abrigamento na unidade prisional.
Em maio do ano passado, o Ministério Público entrou com uma ação na Justiça denunciando as condições precárias do CDP. Fotos feitas pelos promotores mostraram a presença de umidade nas celas e nos banheiros, além de outros problemas estruturais. A Justiça chegou a impedir a entrada de novos presos, mas dias depois a decisão foi derrubada.
Mais prisões
O número de prisões na região de Piracicaba, que engloba a área do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) 9, formada por 52 municípios, cresceu 29% no primeiro mês de 2013. Foram 1.105 detenções em janeiro contra 856 no mesmo período do ano passado, 249 a mais conforme levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em todo o ano passado, 11.918 pessoas foram presas na região, 13,38% a mais que em 2011.
Fonte: G1