Funcionários terceirizados da loteadora Castelli Empreendimentos Imobiliários Ltda avançaram quase 80 metros dos 100 metros de Área de Preservação Permanente (APP) que beiram o Rio Piracicaba, na manhã desta terça-feira (19), durante as obras do Residencial Parque das Águas, no Vale do Sol. A Polícia Ambiental recebeu a denúncia e registrou boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial (DP). A retirada de planta forrageira do local equivale a quase três quarteirões.
A empresa executora da obra, a JPA Ambiental Ltda, retirou cerca de 1,5 hectare de braquiária, espécie de planta que margeia o rio. Segundo Angelo Tadeu Foschine, prestador de serviços da Castelli, houve uma limpeza de camada orgânica da área de APP com máquina. “Nós temos a liberação de todo o empreendimento, mas na área de preservação não se pode fazer intervenção com máquinas. Foi um erro humano”, afirmou o porta-voz da empresa.
De acordo com o soldado Albuquerque, da Polícia Ambiental de Piracicaba, o avanço foi de 78 metros de largura por 220 metros de comprimento. “Pedimos a documentação do empreendedor e estava tudo aprovado pelos órgãos, mas durante a execução do projeto houve a retirada de camada orgânica”, afirmou. Por conta do problema, a empresa será multada em aproximadamente R$ 7 mil.
Ibama
O diretor da Associação dos Moradores do Jardim São Mateus, que fica ao lado do Vale do Sol, Alexandre dos Santos Brito, afirmou que encaminhou denúncia ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). “É um absurdo, pois o loteamento está sendo construído muito próximo das margens do rio, além das obras estarem sendo feitas em cima de um afluente de água de boa qualidade”, destacou.
A Prefeitura de Piracicaba foi questionada sobre a liberação do loteamento pela reportagem do EP Piracicaba, por volta do meio-dia, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria (17h15) desta terça-feira (19).
Fonte: Eptv