Remédios de baixo custo, que deveriam estar disponíveis na rede pública guia de Piracicaba, estão em falta desde o início do ano. Quem depende dos postos de saúde não tem encontrado AAS 100 (infantil), Ranitidina, Complexo B, Prednisona, entre outros.
A reportagem do apurou que muitos funcionários informam aos pacientes que a ausência é por tempo indeterminado. Esta foi, por exemplo, a informação dada por uma atendente da farmácia anexa à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Piracicamirim ao auxiliar de produção Carlos Augusto Costa e Silva.
Sem saber que a equipe de reportagem estava no local, a funcionária afirmou a Silva que a Ranitidina está indisponível e que não há previsão de chegada. “Faz meses que vou às farmácias da rede para pegar o medicamento e não encontro”, afirmou o auxiliar, que também saiu sem outro remédio, um colírio solicitado pelo médico.
A protética Ruth Zulini Carvalho, de 55 anos, também não encontrou o antialérgico Allegra D. “A funcionária me disse que está faltando, que não tem”, disse. Ela contou ainda que a mãe vinha à farmácia da UPA do Piracicamirim e nunca encontrava o medicamento que precisava. “A gente tem condições de comprar, mas a população de baixa renda está sofrendo muito.”
Histórico
A reportagem do EP Piracicaba apurou que, no começo do ano, o prefeito Barjas Negri (PSDB) orientou todos os secretários a reduzir gastos para economizar dinheiro que seria aplicado na construção do Hospital Regional, que deve ter as obras finalizadas no final de 2012.
“A alegação da prefeitura é de que a demanda aumentou. Mas, se isto ocorreu, deveriam ter previsto. Não são remédios caros e o problema ocorre desde o início do ano. A informação que o conselho recebeu é de que estes medicamentos já foram comprados, mas acredito que só no fim do ano é que a situação estará normalizada. Vamos pedir verbas do Estado e, se necessário, do governo federal”, diz o integrante da comissão de finanças do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Itamiro Ribeiro Marques.
Fonte: EpPiracicaba