Um grupo de vendedores ambulantes que atua no Camelódromo, na região central da cidade Piracicaba, reclamou da ação de guardas-civis durante a apreensão de mercadorias na tarde de ontem. Eles se veem como alvos de perseguição e querem que a Semtre (Secretaria Municipal de Trabalho e Renda) deixe de ser o setor responsável pelo local. “Estamos sendo tratados como bandidos, isso aqui não é o Morro do Alemão para que eles (guardas-civis) ajam dessa forma”, reclamou a vendendora Ilma Vieira dos Santos.
Segundo ela, desde o dia 10 de março os camelôs vêm sendo alvo de ações da Guarda Civil. A vendedora Andréa da Costa disse que os ambulantes estão organizando um abaixo-assinado para que o Camelódromo deixe de ser de responsabilidade da Semtre. “A secretaria não faz nada por nós. Para comprar lâmpadas e ventiladores foi com o nosso dinheiro”, afirmou.
O vendedor Robsosn Roberto Alves disse que está há 30 dias com a banca lacrada pelos fiscais, sem condições de trabalhar. Os ambulantes reclamam que as constantes ações da Guarda têm afastado a clientela do Camelódromo por causa da brutalidade como são feitas.
OUTRO LADO — A assessoria de imprensa da Semtre informou que as ações no Camelódromo são de rotina da fiscalização e seguem estritamente a lei, não permitindo produtos contrabandeados. A secretaria informou que está sempre aberta ao diálogo com os representantes e todas as decisões, quando tomadas, serão de acordo com a lei que determina que no local não podem ser comercializados produtos contrabandeados.
Fonte: Jornal de Piracicaba