Piracicaba: Impostômetro atinge R$ 1 trilhão e Acipi protesta contra a marca ?

11h20. Nessa hora o telão com o impostômetro colocado pela Associação Comercial e Industrial da cidade Piracicaba (Acipi) em frente à sede da instituição, na Rua do Rosário, no Centro da cidade, marcou R$ 1 trilhão de impostos pagos pelos brasileiros em 2011.

Para protestar pacificamente pela marca, atingida 35 dias antes do que em 2010 e dois meses antes do que em 2009, a Acipi distribuiu apitos aos presentes. “O apito é para a gente fazer barulho em um ato simbólico que significa que o brasileiro precisa acordar e reclamar. É lógico que devemos pagar impostos, mas precisamos saber para onde vai o dinheiro. Todo país grande precisa recolher impostos sim, mas é preciso usar melhor os tributos”, disse o presidente da instituição, Jorge Aversa Junior.

Aversa Júnior lembrou também o fato do imposto no Brasil ser calculado de uma forma muito complicada, dificultando o entendimento do contribuinte. “A gente, muitas vezes, nem sabe como surge um imposto ou como é calculado. Eles sentam lá em Brasília e surgem com um imposto novo, do nada”, comentou. Ele completou o discurso dizendo que o repasse de tanto imposto recolhido não pode ficar centralizado na capital federal. “De todo esse imposto recolhido, 69% fica em Brasília e apenas 4,5% é do município. Isso é errado”, finalizou.



A Acipi montou também um Feirão do Imposto, onde as pessoas puderam ver o percentual embutido em produtos utilizados no dia a dia. Outra ação programada para o dia é a elaboração de um documento oficial, em nome dos empreendedores paulistas, para que os deputados federais coloquem em votação e aprovem o Projeto de Lei 1.472/2007, que determina a discriminação do valor dos impostos pagos nas notas fiscais.


“Esse Projeto de Lei foi aprovado pelo Senado em 2007. Desde então, ficou parado. Nós precisamos aprovar isso. É necessário que as pessoas saibam quanto pagam de imposto quando compram um produto”, disse o gerente executivo da Acipi, Sérgio Furtuoso. “Nós precisamos de clareza para saber onde é empregado o imposto recolhido”, concluiu Furtuoso.

Fonte: EpPiracicaba





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