Com forte aparato policial, público divido como uma torcida de futebol, telão e reclamação de vizinhos por conta do barulho, a Câmara dos Vereadores de Piracicaba acatou à 0h35 de hoje, 7, o veto do prefeito Barjas Negri (PSDB) ao projeto que proibia o uso e sacrifício de animais em rituais religiosos, prejudicando a proposta de autoria do vereador Laércio Trevisan Júnior (PR).
Defensores dos animais lamentaram a decisão. Mirian Miranda, presidente da ONG (Organização Não Governamental) Vira Lata, Vira Vida, foi suscinta: ela lamentou a decisão e disse que “os posicionamentos são meramente políticos”.
Se os defensores dos animais criticaram a decisão, os integrantes de religiões com matriz africana comemoraram o resultado. Para Ronaldo Almeida, membro da coordenação do movimento contra o projeto, a proposta não visava defender os animais, mas sim afetar as religiões como umbanda e candomblé, entre outras.
A imolação de animais é feita sem sofrimento e para o consumo”, defendeu. Ele explicou que se o veto fosse derrubado e o projeto promulgado, atividades religiosas como a católica Festa do Divino também seriam prejudicadas, porque não poderia ter a tradicional soltura das pombas, ou até mesmo a benção dos animais na missa de São Francisco de Assis.
Fonte: Jornal de Piracicaba