Piracicaba é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Piracicaba, localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 164 km. Ocupa uma área de 1 376,913 km², sendo que 31,5733 km² estão em perímetro urbano e os 1 345,339 km² restantes constituem a zona rural.[7] Em 2015, sua população foi estimada pelo IBGE em 391 449 habitantes,[4] sendo o 17º mais populoso de São Paulo.
A sede tem uma temperatura média anual de 23,9 °C e na vegetação original do município predomina a mata atlântica. Com 97,3% de seus habitantes vivendo na zona urbana, o município contava em 2009 com 241 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2010 era de 0,785, considerado alto na classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o 50º maior do estado.[5] Em 2012, Piracicaba foi classificada pelo IPC como a 47ª cidade mais consumidora de todo o país, com R$ 7,54 bilhões em consumo, totalizando 0,27% de todo o país.[8] Várias rodovias ligam Piracicaba a diversas cidades paulistas, tais como a Rodovia Luiz de Queiroz, a Rodovia Cornélio Pires e a Rodovia do Açúcar.[9]
Piracicaba foi fundada em 1767, às margens do Rio Piracicaba, rio o qual foi vital para a região. No decorrer do século XIX, a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o cultivo da cana-de-açúcar e do café. Contudo, ainda na primeira metade do século XX, a cidade entrou em decadência. Com o fim do ciclo do café e a queda constante de preços do açúcar, a economia piracicabana estagnou-se. Isso foi revertido a partir do início de sua industrialização. A cidade tornou-se uma das primeiras a se industrializar no país, com a abertura de plantas fabris ligadas ao setor metal-mecânico e de equipamentos destinados à produção de açúcar. Esta atividade expandiu-se a partir da década de 1970 para o setor sucroalcooleiro, com a criação do programa Pró-álcool, voltado para a produção de álcool hidratado para uso automotivo, devido à crise mundial do petróleo em 1973. Isto contribuiu significativamente para o crescimento industrial de Piracicaba ao longo das décadas seguintes, chegando a ser o 52º maior PIB brasileiro em 2012, sendo sede de um dos principais centros industriais da região, além de contar com diversas universidades, tais como o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), pertencente à Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, pertencente à Universidade Estadual de Campinas (UnicaUNIME), Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), e a Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP).
Além da importância econômica, Piracicaba ainda é um importante centro cultural de sua região. Os bairros de Santa Olímpia (fundado por tiroleses trentinos)[10] e Santana, por imigrantes Italianos. O Horto Florestal de Tupi e o Balneário de Ártemis configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Professor Phillipe Westin e os parques situados às margens do Rio Piracicaba são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana. Além dos projetos e eventos culturais realizados pela Secretaria da Ação Cultural da Prefeitura de Piracicaba (SEMAC), órgão responsável por projetar a vida cultural piracicabana. O Salão Internacional de Humor de Piracicaba, por exemplo, é considerado um dos mais importantes eventos sobre humor gráfico, realizado anualmente no Engenho Central, antigo engenho canavieiro que foi tombado como patrimônio histórico e cultural, servindo hoje como espaço cultural, artístico e recreativo.
História
O vale do Rio Piracicaba começou a ser ocupado por descendentes de europeus durante o século XVII, quando alguns colonos adentraram a floresta e começaram a ocupar as terras ao redor do Rio Piracicaba, praticando a agricultura de subsistência e exploração vegetal.
Em 1776, a Capitania de São Paulo decidiu fundar uma povoação na região, que serviria de apoio à navegação das embarcações que desceriam o Rio Tietê, em direção ao Rio Paraná e também daria retaguarda ao Forte de Iguatemi, localizado na divisa com o futuro Paraguai. A povoação deveria ser fundada na foz do Rio Piracicaba com o Tietê, nas proximidades da atual cidade de Santa Maria da Serra, mas o capitão Antônio Correa Barbosa, incumbido de tal missão, decidiu-se por um ponto localizado a noventa quilômetros da foz do Piracicaba, lugar já ocupado por alguns posseiros e com melhor acesso a outras vilas da região, notadamente Itu. A povoação de Piracicaba foi fundada em 1º de agosto de 1767, na margem direita do rio, localizado aproximadamente onde futuramente se situaria o Engenho Central e partes da Vila Rezende. A povoação de Piracicaba era ligada politicamente a Itu, então a cidade mais próxima. No ano seguinte, a povoação tornou-se freguesia.
O terreno irregular e infértil da margem esquerda do rio provocou, em 1784, uma mudança da sede da freguesia para a margem direita do rio; no final do século XVIII, a região se desenvolveu, baseada na navegação do Rio Piracicaba e no cultivo da cana-de-açúcar.[12] Em 1821, a freguesia foi elevada à condição de vila, com o nome de Vila Nova da Constituição, em homenagem à Constituição Portuguesa que estava em fase de aprovação naquele ano. Com a elevação à condição de vila e com o desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar, a vila se desenvolveu rapidamente. Já em 11 de agosto de 1822, foi realizada a primeira reunião da que viria a ser a futura Câmara de Vereadores da cidade.
Piracicaba desenvolveu-se rapidamente, tornado-se a principal cidade da região e polarizando outras vilas que dariam origem às cidades de São Pedro, Limeira, Capivari, Rio Claro e Santa Bárbara d’Oeste. A cidade permaneceu vinculada ao cultivo de cana-de-açúcar, ignorando a chegada do café no Oeste Paulista, cultivo que se tornaria o motor da economia paulista no final do século XIX. Devido ao cultivo da cana-de-açúcar, a região tornou-se um dos principais polos escravocratas no Oeste Paulista, com grande presença de escravos e libertos negros.
Em 1877, a cidade passou a ter ligação ferroviária da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro com Itu e Jundiaí, via Capivari e Indaiatuba. No mesmo ano, por intermédio de seu então vereador e futuro presidente da República, Prudente de Morais, a cidade adotou o nome de “Piracicaba”, abandonando a denominação portuguesa de Vila Nova da Constituição. No ano de 1881, às margens do Rio Piracicaba, foi fundado o Engenho Central de Piracicaba, que viria a se tornar um dos maiores engenhos de açúcar do Brasil nos anos seguintes.
Economia
Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) de Piracicaba era o maior da Microrregião de Piracicaba, o 14º maior do estado de São Paulo e o 52º de todo o país. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2012, o PIB do município era de R$ 11 887 388 mil., 1 962 724 mil. eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita era de R$ 32 135,11 Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda era de 0,795, sendo que o do Brasil naquele ano era de 0,723. A cidade é a quinta cidade do estado em valor de exportações.
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2010, 15 055 unidades locais e 14 522 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. 138 654 trabalhadores eram classificados como pessoal ocupado total e 118 295 categorizavam-se em pessoal ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 2 925 666 mil. reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,8 salários mínimos. Até a década de 1950 a economia da cidade era totalmente dependente da agricultura, e isso, aliado ao grande desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), fez com que a cidade passasse por uma difícil situação financeira, mas a construção de rodovias e os investimentos em agroindústria ajudaram a reverter essa situação. O setor agrícola passou a se concentrar na produção sucroalcooleira. Além desta significativa atividade agrícola, Piracicaba tem um dos principais centros industriais da região e conta com diversas universidades.
Saúde
Em 2009, o município possuía 241 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 101 deles públicos e 140 privados. Neles a cidade possuía 732 leitos para internação, sendo que 10 estão nos públicos e os 722 restantes estão nos privados. Em 2011 98,5% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia. Em 2010 foram registrados 4 736 nascidos, sendo que o índice de mortalidade infantil era de 12,9 a cada mil crianças menores de um ano de idade e 99,9% do total de nascidos vivos tiveram seus partos assistidos por profissionais qualificados de saúde. Neste mesmo ano 12,9% do total de mulheres grávidas eram de meninas que tinham menos de 20 anos. 22 055 crianças foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,6% delas estavam desnutridas.
Secretaria Municipal de Saúde (SEMS) de Piracicaba é o órgão ligado de forma direta à Prefeitura do Município de Piracicaba e tem por função a manutenção e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas, programas e projetos que visem à saúde municipal. Para emergências a cidade conta com quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAMs dos bairros Vila Cristina, Vila Sônia e Piracicamirim), além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a Central de Ortopedia e Traumatologia (COT). Dentre os serviços de apoio são alguns o Hospital Dia, a Central de Fisioterapia Municipal, o Serviço Integrado de Transportes da Secretaria da Saúde (SITSS), a Vigilância Sanitária (VISA), a Vigilância Epidemiológica e a Coordenadoria em Programas de Alimentação e Nutrição (CPAN). São alguns dos serviços de atenção básica presentes em Piracicaba o Programa de Saúde da Família (PSF), as Unidades Básicas de Saúdes (UBS) e o Programa de Saúde da Família.
Educação
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Piracicaba era, no ano de 2009, de 4,0 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 à 10); valor igual ao das escolas municipais e estaduais de todo o Brasil. Entre as instituições particulares esse índice sobe para 6,1. O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da educação era de 0,913 (classificado como muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849.
O município contava, em 2009, com aproximadamente 73 658 matrículas nas redes públicas e particulares. Segundo o IBGE, naquele mesmo ano, das 115 escolas do ensino fundamental, 54 pertenciam à rede pública municipal, 36 à rede pública estadual e 25 eram escolas particulares. Dentre as 41 instituições de ensino médio, 46 pertenciam à rede pública estadual, 1 pertencia à rede municipal e 19 às redes particulares. Em 2000, 4,1% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos naquele ano, era de 61,2%. O índice de alfabetização da população 15 ou mais de idade, em 2010, era de 96,9%. Em 2006, para cada 100 meninas do ensino fundamental, havia 111 meninos.
A Secretaria Municipal de Educação tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Piracicaba. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, e a rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados. A cidade possui também importantes centros universitários, destacando-se a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), ambos da Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e a Faculdade de Tecnologia de Piracicaba (FATEC), além da Fundação Municipal de Ensino, mantenedora da Escola de Engenharia de Piracicaba e um campus do Instituto Federal de São Paulo. Outras faculdades particulares existentes na cidade são a Faculdade Dom Bosco e a Faculdade Anhanguera de Piracicaba.
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